3 de fevereiro de 2011

A Mesa

Olá. Eu sou uma mesa. Não se nota, mas eu falo a tremer como uma velhota…
Ah! Eu estou na escola, esqueci-me de dizer…
É que os meninos estão tão carregados de livros, e depois a pensar que eu sou a criada deles, põem os livros, as bolsas e os cadernos em cima de mim… E o pior de tudo é quando se sentam nas minhas costas. A minha irmã, a cadeira, até fica com inveja. Ela é muito minha amiga, mas tem muita inveja de mim, por causa destas situações. Afinal, ela é que serve para sentar, não são as minhas RICAS costas!
Mas o pior, mesmo pior de tudo, é quando o professor dá aqueles gritos horríveis, que me põem os tímpanos virados ao contrário. Eu nem tenho culpa para merecer isto! São os alunos que fazem asneiras, não eu…era o que mais faltava! E às vezes os meninos, de tão cansados que estão de ouvir o professor a ‘‘gritar’’ (nas aulas), põem o cotovelo, mais uma vez em cima das minhas costas. Para além de se sentarem nelas agora tenho de levar com os cotovelos em cima de mim! Ora esta…!
Mas talvez, o pior mesmo pior, mesmo, mesmo, mesmo pior que isto tudo (é difícil, mas é a realidade), são as aulas de E.V.T. … Para muitos, são as aulas preferidas, para mim, são as piores… Sujam-me toda, e também me arrastam para junto de outra mesa. Esfolo os pés todos.
Bem vamos lá analisar a coisa… Tenho quatro pés, uma cabeça, dois olhos, um nariz, uma boca, duas orelhas, … Como estão a ver sou igual a vocês não há necessidade de me tratarem (muito) mal. Fica aqui o aviso. Não tratem mal as mesas, e não as sujem, porque já viram o meu caso. É caso para dizer, coitada de mim.
Por fim, acabou aqui a minha lamentação e espero que me entendam.

                                    Catarina Ferreira, 6ºA, nº 5             

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